16/03/2012

Guardo Volumes

Está tarde e os cachorros que antes latiam na rua agora se calam.
Há um silêncio dentro do quarto onde estou nesse momento.
Mas não é um silêncio qualquer. É um silêncio que me atordoa, que me faz lembrar que há na minha vida um enorme vazio e uma gigante falta de senso.
Pronto. Achei a palavra que talvez me defina: Insensatez. Não sou uma pessoa sensata, tampouco inteligente nas questões emocionais.
Creio que o meu carma agora seja o impulso. Sou cheia de impulsos. Eu mesma sou um impulso.
E justamente esse silêncio de agora destrói a minha alma. Por ser calmo, por não anunciar tempestade alguma, por fazer minha mente vagar pelo passado e pelo medo do futuro.
Por sempre trazer à tona fraquezas e medos. Por me lembrar sempre que sou fraca e estúpida.
Finalmente! Ouço vozes na rua e meu coração se acalma. Mas sei que o maldito silêncio retornará e fará de mim um monstro.

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