Esse moinho que me leva e me traz me deixa tonta.
Eu saio do chão, faço uma volta completa, certa de que tudo se encaixa.
Tudo faz sentido.
Quem não se encaixa são os outros.
Eu sim.
E eu vou voando, pegando impulso, levando e sendo levada.
Chego no topo, vejo o mundo e quero abraçá-lo.
Quando então me desfaço dessa altura meu corpo não acumula velocidade, ele vai apenas com seu peso e cai no chão, numa queda tão sutil que eu nem lembro mais como era abraçar o mundo.
E me findo.
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