Esse moinho que me leva e me traz me deixa tonta.
Eu saio do chão, faço uma volta completa, certa de que tudo se encaixa.
Tudo faz sentido.
Quem não se encaixa são os outros.
Eu sim.
E eu vou voando, pegando impulso, levando e sendo levada.
Chego no topo, vejo o mundo e quero abraçá-lo.
Quando então me desfaço dessa altura meu corpo não acumula velocidade, ele vai apenas com seu peso e cai no chão, numa queda tão sutil que eu nem lembro mais como era abraçar o mundo.
E me findo.
21/11/2012
Transe Somático Performativo
A insustentável não-leveza.
Eu não me levo porque o peso do que sou é o não-vai.
Eu não vou porque se vou não sei por quem vou.
Vou...
De repente eu me encontro e me digo o que preciso ouvir e vejo o que preciso ver.
Eu me peso.
Eu não me levo porque o peso do que sou é o não-vai.
Eu não vou porque se vou não sei por quem vou.
Vou...
De repente eu me encontro e me digo o que preciso ouvir e vejo o que preciso ver.
Eu me peso.
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